Tuesday, July 7, 2009

Vamos editar.

Encontra no ponto de ônibus em Botafogo, entra na van em direção à Av. Brasil e na altura da passarela 9 o grupo está na Maré. Mais uma vez.


A semana começa na expectativa de que o processo de edição se inicie e que a vídeo-carta comece a ganhar sua própria forma. Para isso planejamos a atividade do dia em torno das cenas que já estavam filmadas e pensando nas que ainda gostaríamos de filmar, fazendo com que os alunos se lembrassem de cada tema filmado até hoje, escrevendo-os no quadro negro, e, em seguida, estimulando-os a organizar superficialmente um roteiro para pautarmos as próximas filmagens e o trabalho de edição.


Nadia filmando a brincadeira da laranja na festa junina.
As crianças decidiram colocar as brincadeiras da festa no final do filme, junto com as demais.


Rahoni e David eram os únicos alunos presentes a essa altura da aula, e ambos tiveram excelentes ideias sobre novos temas a serem filmados. Tendo dividido o filme basicamente em três diferentes partes (apresentação do LPP, esportes e dia-a-dia na comunidade), surgiram ideias para melhorar a apresentação, bem como para encerrar o filme. Por exemplo, ontem mesmo - já na companhia de Henrique, o terceiro aluno presente – eles filmaram/apresentaram todo o prédio do LPP, desde o letreiro até o terraço, inclusive dialogando diretamente com as crianças da vídeo-carta da Amazônia. Já para o encerramento do filme, surgiu a ideia de filmar o pôr-do-sol na Maré, um tipo de abstração que ainda não tinha aparecido entre os alunos já que o filme trabalha diretamente com coisas, pessoas, tarefas e lugares do seu dia-a-dia. O pôr-do-sol pode ajudá-los a dar uma vazão artística nesse trabalho.


Outra contribuição para as próximas filmagens foi a chegada de uma flip camera, a qual os alunos se revezarão em levar para casa após as aulas. A ideia é levar a vídeo-carta a lugares onde não temos fácil acesso, mas apenas os alunos, e aproveitar isso no filme apesar da qualidade inferior do material que surgir dali. Ao mesmo tempo, a flip camera pode ajudar cada um a ganhar intimidade com a câmera e a filmar temas mais intimistas, portanto, torna-se uma boa ferramenta para o projeto como um todo. Veremos os resultados já na próxima quarta-feira se tudo correr bem.


Conforme o planejado – o que já demonstra o nosso jogo de cintura em relação a todos os imprevistos que sempre surgem nesse projeto -, quando faltava uma hora para encerrar as atividades fomos ao Observatório das Favelas acompanhados dos alunos para introduzi-los ao processo de edição. Essa introdução se resumiu a apresentar a sala dos computadores, o programa TVR, o HD portátil, alguns cabos de vídeo – siglas, portanto - etc. Já num clima de descontração assistimos a alguns de nossos vídeos enquanto Henrique tirava fotos de todos no novo ambiente, até que pudemos, enfim, comemorar mais um dia trabalhado na Maré.


Fabio Cascardo

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

1 comment:

  1. Não acho q vá ficar de qualidade inferior isso ae feito pelos alunos não... Sei lá. Tá parecendo, ao menos imaginando pelo q li no post, o surpreendente ato de todo trabalho. Belo trabalho, cara.
    abraço
    Cristiano Q.

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